As últimas campanhas eleitorais assemelham-se-me às festas da aldeia cujo único propósito parece ser o das bebedeiras e frango assado, com muito barulho à mistura.

Sondagens e comentadores a atribuírem pontuações a candidatos, com ou sem intenção, para o bem e para o mal, influenciam a opinião pública. Quem comenta também vota, também tem preferências políticas, não é imparcial. Aplica-se aqui, também, um dos pressupostos da “Espiral do silêncio”, da politóloga alemã Elisabeth Noelle-Neumann: a opinião de uma minoria é percebida como maioritária na esfera pública pela visibilidade que lhe é dada pelos meios de comunicação social, tanto no caso dos comentários como no das sondagens.

Só não sei se, estas “personalidades”, pensam que a maioria dos portugueses é ignorante ou se esperam que o sejam. Confesso não ter o mínimo interesse na opinião, de quem quer que seja, sobre as Legislativas. Para ideias preconcebidas, tenho as minhas.